Quem há de se opor à grande Babilônia?
Quem há de se opor às Mega-Corporações administradas pela Elite eugenista que somente querem a morte do povo?
Veja este absurdo:
Há alguns meses, o frei Gilvander Luís Moreira, de Belo Horizonte, publicou no YouTube o vídeo “O feijão de Unaí está envenenado?”, em que uma diretora de escola municipal da região de Unaí, no noroeste mineiro, narra experiências com o feijão que é fornecido para a merenda escolar.
“Na entrevista ela afirma que ao tentar cozinhar 30 quilos do Feijão Unaí para a merenda das crianças teve que jogar fora todo o feijão, porque ao abrir os saquinhos as cozinheiras sentiram o cheiro forte de veneno. Em outra ocasião lavaram o feijão, deixaram de molho de um dia para o outro, mas ao cozinhar, o mau cheiro fez as cozinheiras sentirem mal. Havia excesso de gosma acumulando na panela. Não foi possível dar o feijão para as cerca de 200 crianças da escola”, explica o frei em texto divulgado em seu site nesta segunda-feira.
Há alguns dias, o vídeo ganhou projeção e virou polêmica. A empresa responsável pelo feijão Unaí entrou com um processo por danos morais contra o Frei e contra os diretores do Google/YouTube, pela divulgação do material. Não bastasse isso, um juiz da cidade pediu a prisão de Gilvander sob o argumento de crime de desobediência. (Quem desobedece? O que usa veneno acima do permitido ou o que enxerga o problema e o divulga?)
O vídeo, que de acordo com o despacho do juiz deveria ter sido retirado da internet no dia 29 de outubro, continua na rede – e tem sido disseminado por meio de outros canais. Assista abaixo:
Veneno em excesso
Segundo a prefeitura de Unaí, o município é o maior produtor mundial de feijão. O excesso de uso de veneno, no entanto, está vinculado à alta incidência de casos de câncer na cidade. A conclusão é de um estudo da Subcomissão Especial Sobre Uso de Agrotóxicos e Suas Consequências à Saúde, criada pela Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, em 2011.
O relatório final é claro: “A incidência de câncer em regiões produtoras de Minas Gerais, que usam intensamente agrotóxicos em patamares bem acima das médias nacional e mundial, sugere uma relação estreita entre essa moléstia e a presença de agrotóxico. Neste estado, na cidade de Unaí, está sendo construído um Hospital de Câncer, em virtude da grande ocorrência desta doença na região”.
Os números ajudam a clarear o problema: são cerca de 1.260 casos de câncer por ano para cada 100.000 pessoas. A média mundial não ultrapassa 400 casos/ano para cada 100.000 habitantes.
O hospital, na mídia local, é tratado como “ousado, moderno e contagiante”. Uma reportagem divulgada na internet apresenta o projeto como o “tão sonhado hospital do câncer de Unaí”.
O relatório ainda recomenda à Secretaria Geral da Presidência da República e ao Ministério da Casa Civil que “a União promova um estudo específico, por intermédio principalmente dos órgãos do Ministério da Saúde, sobre o uso dos agrotóxicos e suas consequências à saúde da população, principalmente na região de Unaí/MG, devido a constatação de um alto índice de casos de câncer nesta região”.
Não parece claro que a lógica da solução está invertida? A região concentra grande parte da produção nacional de feijão, os produtores abusam do uso de agrotóxicos, a população adoece em índices muito acima da média, a discussão não pode ser levada à público e a construção de um hospital é o que de melhor se pode fazer? Como coloca o Frei Gilvander na descrição do seu vídeo, o município se tornou campeão na produção de feijão, no uso de agrotóxico e no número de pessoas com câncer. Algum deles deve ser motivo de orgulho?
Fonte: Libertar
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