Os antigos Maias conquistaram e habitaram uma área de 696.200 quilômetros quadrados, com cidades que ocupavam o que é hoje o sul do México e o norte da América Central, incluindo países como Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras.
O auge da civilização Maia, conhecido como período clássico, foi de cerca de 250 a, pelo menos, 900 dC. Por razões desconhecidas, a civilização maia clássica entrou em colapso. A população diminuiu catastroficamente, e muitas de suas grandes cidades ficaram abandonadas.
Há tempos, os cientistas associaram o declínio dos antigos maias a catástrofes ambientais, especialmente a seca.
Desmatamentos ligados a agricultura também podem ter provocado o desastre – por exemplo, redução da cobertura florestal teria levado à perda de solo fértil pela erosão, bem como uma maior evaporação da água pela luz solar, exacerbando a seca.
No entanto, algumas localidades continuaram abandonadas por longos períodos, enquanto outras se recuperaram mais rapidamente. Este padrão indica que as catástrofes ambientais não foram o único fator determinante para o colapso da civilização maia clássica – se fossem, elas teriam afetado todas as áreas de forma igual.
Agora, os estudiosos propõe que um pavor de espíritos malvados que assombravam algumas áreas abandonadas poderia, junto com as catástrofes ambientais, explicar por que algumas áreas do antigo mundo maia revelaram-se menos resistentes do que outras quando a civilização se desintegrou.
Além disso, os arqueólogos acreditam que as sociedades maias podem ter sido vulneráveis ao colapso pela sua própria natureza. Eles aparentemente canalizavam a riqueza para uma pequena elite de reis divinos hereditários, que tinham virtualmente poder ilimitado, mas cujos súditos esperavam generosidade (uma sequência de derrotas militares ou secas sazonais poderia prejudicar gravemente a sua credibilidade).
A estabilidade deste sistema foi ainda mais ameaçada pela poligamia entre os governantes, gerando inúmeras linhagens que guerrearam entre si, aumentando o colapso.
Para saber mais sobre as razões por trás do colapso maia, os cientistas focaram em declínios sociais na parte final do período clássico maia, variando de 750 a 950 dC. Eles também analisaram crises de 100 a 250 dC, a parte final do período “pré-clássico”.
Os dados disponíveis sugerem que as partes elevadas das planícies maias, que incluem a maior parte da atual península de Yucatan, foram significativamente mais vulneráveis ao colapso e tiveram menor probabilidade de se recuperar do que áreas baixas.
Terras dentro desta região elevada não tinham fontes de água perenes e eram mais dependentes da água da chuva, deixando-as vulneráveis às mudanças climáticas. Em contraste, vizinhos de áreas baixas tinham acesso a nascentes, riachos perenes e sumidouros.
Reocupar áreas elevadas com grande número de pessoas requereria intenso trabalho para restabelecer sistemas de gestão da água, ajudando a explicar por que elas foram abandonadas.
Em contraste, as áreas baixas eram menos exigentes, e as evidências sugerem que essas terras foram
normalmente ocupadas continuamente, mesmo quando as grandes redes políticas e econômicas com as quais eram relacionadas desmoronaram.
Ao mesmo tempo, os maias teriam culpado deuses e seus governantes “divinos” pelo colapso. Dessa forma, seus territórios abandonados tornaram-se lugares caóticos e assombrados. Talvez a civilização nem tentou recuperar algumas dessas terras, por causa desses fatores.
A conclusão dos pesquisadores é de que as secas e a degradação ambiental provavelmente desempenharam um papel no colapso, definido por um declínio substancial e prolongado da
população de alguns locais ou regiões.
Principalmente pela configuração do ambiente, com terras da região elevada sendo significativamente mais vulneráveis a ciclos de seca do que aquelas mais baixas onde a água era mais abundante, algumas terras foram abandonadas mais permanentemente.
Porém, o fato de que o colapso foi muitas vezes um processo prolongado sugere fortemente que fatores culturais – por exemplo, a força do governo, a flexibilidade da sociedade e sua capacidade de adaptação à mudança – eram igualmente importantes para determinar se um determinado local ou grupo se adaptou a mudança ou colapsou de vez.
Fonte: LiveScience
O auge da civilização Maia, conhecido como período clássico, foi de cerca de 250 a, pelo menos, 900 dC. Por razões desconhecidas, a civilização maia clássica entrou em colapso. A população diminuiu catastroficamente, e muitas de suas grandes cidades ficaram abandonadas.
Há tempos, os cientistas associaram o declínio dos antigos maias a catástrofes ambientais, especialmente a seca.
Desmatamentos ligados a agricultura também podem ter provocado o desastre – por exemplo, redução da cobertura florestal teria levado à perda de solo fértil pela erosão, bem como uma maior evaporação da água pela luz solar, exacerbando a seca.
No entanto, algumas localidades continuaram abandonadas por longos períodos, enquanto outras se recuperaram mais rapidamente. Este padrão indica que as catástrofes ambientais não foram o único fator determinante para o colapso da civilização maia clássica – se fossem, elas teriam afetado todas as áreas de forma igual.
Agora, os estudiosos propõe que um pavor de espíritos malvados que assombravam algumas áreas abandonadas poderia, junto com as catástrofes ambientais, explicar por que algumas áreas do antigo mundo maia revelaram-se menos resistentes do que outras quando a civilização se desintegrou.
Além disso, os arqueólogos acreditam que as sociedades maias podem ter sido vulneráveis ao colapso pela sua própria natureza. Eles aparentemente canalizavam a riqueza para uma pequena elite de reis divinos hereditários, que tinham virtualmente poder ilimitado, mas cujos súditos esperavam generosidade (uma sequência de derrotas militares ou secas sazonais poderia prejudicar gravemente a sua credibilidade).
A estabilidade deste sistema foi ainda mais ameaçada pela poligamia entre os governantes, gerando inúmeras linhagens que guerrearam entre si, aumentando o colapso.
Para saber mais sobre as razões por trás do colapso maia, os cientistas focaram em declínios sociais na parte final do período clássico maia, variando de 750 a 950 dC. Eles também analisaram crises de 100 a 250 dC, a parte final do período “pré-clássico”.
Os dados disponíveis sugerem que as partes elevadas das planícies maias, que incluem a maior parte da atual península de Yucatan, foram significativamente mais vulneráveis ao colapso e tiveram menor probabilidade de se recuperar do que áreas baixas.
Terras dentro desta região elevada não tinham fontes de água perenes e eram mais dependentes da água da chuva, deixando-as vulneráveis às mudanças climáticas. Em contraste, vizinhos de áreas baixas tinham acesso a nascentes, riachos perenes e sumidouros.
Reocupar áreas elevadas com grande número de pessoas requereria intenso trabalho para restabelecer sistemas de gestão da água, ajudando a explicar por que elas foram abandonadas.
Em contraste, as áreas baixas eram menos exigentes, e as evidências sugerem que essas terras foram
normalmente ocupadas continuamente, mesmo quando as grandes redes políticas e econômicas com as quais eram relacionadas desmoronaram.
Ao mesmo tempo, os maias teriam culpado deuses e seus governantes “divinos” pelo colapso. Dessa forma, seus territórios abandonados tornaram-se lugares caóticos e assombrados. Talvez a civilização nem tentou recuperar algumas dessas terras, por causa desses fatores.
A conclusão dos pesquisadores é de que as secas e a degradação ambiental provavelmente desempenharam um papel no colapso, definido por um declínio substancial e prolongado da
população de alguns locais ou regiões.
Principalmente pela configuração do ambiente, com terras da região elevada sendo significativamente mais vulneráveis a ciclos de seca do que aquelas mais baixas onde a água era mais abundante, algumas terras foram abandonadas mais permanentemente.
Porém, o fato de que o colapso foi muitas vezes um processo prolongado sugere fortemente que fatores culturais – por exemplo, a força do governo, a flexibilidade da sociedade e sua capacidade de adaptação à mudança – eram igualmente importantes para determinar se um determinado local ou grupo se adaptou a mudança ou colapsou de vez.
Fonte: LiveScience
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